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| Bernardo Élis Fleury de Campos Curado (15 de novembro de 1915 - 30 de novembro de 1997) |
1. “As vozes se calaram, como se tivessem esgotado o rol das serventias!”
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2. “Desprendendo um cheiro forte de gestação... Aquela que partiu, por que não volta?”
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3. “O verde alegre da floresta tinha um ar novinho de festa!”
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4. “Os homens e as mulheres me pareciam bons e cheios de encanto. Até os doentes, até os aleijados eu via com os olhos de muita amizade, uma vontade de ajudá-los, de reparar os seus defeitos, consolar suas tristezas, aproximar os arredios, tratar bem os bichinhos de Deus!”
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5. “O maior pecado é o abandono!”
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6. “A juventude é um tempo duro, mas que até hoje o coração me bacoreja apressurado quando me lembro: ah, tempo bom!”
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7. “Que pedaço de moça bonita... Uns olhos escuros que eram mesmo que um veludo; a boca, aquela formosura, sempre molhada e mais vermelha que uma rosa de jardim; um corpo, qual não tinha velho, não tinha moço, até as mulheres sentiam um frio pelo estômago quando viam a moça passar no passinho faceiro e os peitinhos rijos!”
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8. “A noite ficou viúva, quando o fogo sagrado lambeu a Lua!”
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9. “Hoje é vergonha dizer, mas naquele tempo, não: embora entrado já nos meus dezoito anos, eu não conhecia mulher nenhuma na minha vida!”
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10. “Esse meu Goiás é mesmo um fim de mundo!”
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11. “O silêncio caiu sobre os homens e sobre a paisagens!”
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12. “Sou velho, muito velho, cabeça branca das cinzas de muitas eras!”
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13. “Pedaço de moça bonita, que hoje é senhora casada e mãe de muitos filhos, mas que eu conto porque não falo por malícia, nem com safadeza; minha história é contada do fundo do coração, com o respeito de minha lealdade!”
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14. “Cheiro de toda flor, cheiro de toda fruta, era o cheiro dela!”
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15. “Amanhã tudo vai começar de novo: as folhas voltarão aos galhos secos, as águas resmungarão nas grotas mortas, os pássaros do Céu hão de cantar!”
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16. “Só de sentir cheiro de gente, o gado levantava a cabeça, sacudia e deixavam era poeira na cara do cristão!”
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17. “Estão voltando os bons velhos tempos!”
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18. “Cedro é madeira nobre, pra fazer cadeira, armário, porta, janela, oratório e até caixão!”
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19. “Quando o velho era menino, havia ali apenas um trilheiro!”
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20. “Quentura de noite pejada, de nuvens baixas e negras. Trovão apagado, saudoso, distante!”
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* Bernardo Élis foi membro da ABL - Academia Brasileira de Letras, cadeira 1 (Patrono: Adelino Fontoura - Fundador: Luís Murat).
