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| Domício Afonso Forneiro — Domício da Gama (23 de outubro de 1862 - 8 de novembro de 1925) |
1. “Não se desconsole, mãe, que ainda hei de voltar!”
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2. “A miséria nem mesmo era trágica, porque não exclamava, não havia luta nem indagação!”
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3. “Eu sorri, você sorriu, quando o mundo ainda era pequeno!”
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4. “Uma pobre inteligência é a sua loucura!”
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5. “O terror invencível do desconhecido nos impede de procurar a nós mesmos!”
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6. “Os olhos esgazeados já pareciam olhar do fundo da sepultura!”
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7. “O suficiente continha intacto todo o encantamento que te mantinha ali, ao meu lado!”
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8. “Vinha de tão longe a cantiga do mineiro da serra. Vinha antes das suas tristezas!”
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9. “Somos serenos, puros, estamos longe da multidão, longe do tempo, do rio que passava e nós permanecíamos!”
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10. “Se desinteressar de tudo o que ocupa as vidas mais humildes, desprender-se por uma inatenção absoluta dos fatos que podem servir de marca aos dias, perder a noção do tempo, perder as suas afeições menores, enclausurar-se, absorver-se no seu único sentimento transformado em culto, é de endoidecer!”
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11. “Quando tornei a mim estava sozinho no meio da noite escura!”
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12. “Navegar é dar ordem de partir, apesar da tempestade no seu auge!”
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13. “Pensar na guerra é chegar ao fim!”
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14. “Falando baixo temos umas inflexões escuras, vindas mais de dentro, com o tom reflexivo de quem pensa em voz alta!”
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15. “Na perturbação da emoção profunda todas as ideias me confundiram e o desvario completo entrou-me na mente!”
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16. “Voltar a levantar a casa arruinada, o ninho velho de onde a má sorte os enxotara, agora os fará refazer a vida antiga!”
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17. “O sol de fogo retorcia a folha das árvores e fazia ferver os miolos!”
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18. “A força da ideia fixa vence a timidez natural e tira todos os escrúpulos e receios que podem deter no cumprimento do meu fadário!”
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19. “Às vezes, caminho horas ao longo da praia, vacilando sobre a areia branca e infirme que entontece, cantando ao mar em fúria a canção monotonamente sublime da minha pena sem fim!”
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20. “Quem me encontrava pelos desertos, longe de todo o amparo, às horas tristes do dia, pensava logo com piedade na solidão da minha alma!”
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* Domício da Gama foi um dos fundadores da ABL - Academia Brasileira de Letras, cadeira 33 (Patrono: Raul Pompeia).
