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Laurinda de Jesus Cardoso Baleroni — Laura Cardoso (13 de setembro de 1927) |
1. “Não sou a velhinha que faz tricô. Quero trabalhar, interpretar, fazer mil vidas!”
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2. “Por incrível que pareça, fica tudo dentro da gente, é uma bagagem, é como se você fosse armazenando malas, um monte de malas cheias de lembranças. Você não esquece nunca!”
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3. “O verdadeiro ator é um escultor, que esculpe, faz seus personagens. Em meus papéis, seja para um personagem mais velho ou mais jovem, nunca precisei ser bonita!”
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4. “Eu fiz tragédia grega no teatro. Na televisão, não. Eu gostaria de fazer uma personagem deste tipo na televisão. Poderia ser Jocasta ou qualquer uma destas mulheres maravilhosas da tragédia grega!”
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5. “Acredite em mim: tenho medo. Sempre acho que não vou acertar, não vou chegar lá, que o diretor não vai gostar do que estou fazendo, que não entendi direito. Por outro lado, tenho tido sorte porque tenho feito coisas legais!”
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6. “Que coisa mais incrível!. Eu não entendo muito bem sobre o mundo virtual, mas só de estar vivenciando essa receptividade, esse carinho, esse amor, tudo isso de bom que o público sente por mim, eu tenho mais é que agradecer. Fico feliz em saber!”
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7. “A mulher é assediada em todo lugar, pelo médico, pelo professor. Você passa na rua e vão mexer com você, vão falar do seu cabelo, das suas pernas. Com a luta da mulher, talvez tenha diminuído, mas ela continua sofrendo assédio. Vai ter sempre um homem burro querendo assediar uma mulher grosseiramente!”
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8. “O feminismo é uma luta que tem que ser apoiada, registrada. Já foi muito ruim para a mulher, ela era posta de lado em todos os sentidos. O feminismo é uma luta que vale a pena e deve prosseguir. Já se conquistou muita coisa, mas acho que ainda falta dar mais crédito, respeito de verdade à mulher!”
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9. “No meio artístico, as pessoas são mais abertas, elas leem mais, há um respeito. Mas não é uma santidade, tem seus altos e baixos, seus tropeços!”
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10. “Sou muito autocrítica. Ainda erro muito, a gente nunca acaba de aprender!”
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11. “Acho que o cinema brasileiro começou de uma forma difícil, nunca foi amparado como deveria ser. Poderia ter sido mais ajudado financeiramente. Apesar disso, evoluiu e tem filmes belíssimos!”
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12. “O segredo é amar o que você faz, com seriedade e dedicação. Aí não tem fim, vai até Deus querer!”
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13. “Entrei no hospital com um filho na barriga e saí com os braços vazios. Ele viveu por três dias, a perda foi terrível, ficou um vazio grande em mim, nem gosto de falar disso, é terrível, muito doloroso!”
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14. “Os vizinhos faziam comentários: olha lá, ela não presta. Não estava nem aí se comentavam que eu era puta, vestia minha roupa e ia trabalhar, de salto alto e cabeça erguida!”
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15. “Amo e respeito o meu trabalho. Sou muito cuidadosa com o que faço. Sou até chata, elitista. Se o texto é bom, eu faço!”
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16. “A TV perdeu muito de sua qualidade, em todos os sentidos, se preocupa muito com o comercial, com a imagem e o dinheiro!”
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17. “Trabalho é trabalho, mesmo que seja no meio da rua, recitando ‘batatinha quando nasce’. É serio e tem que ser dedicada!”
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18. “Tudo que aprendi, que amei, que vivi, foi na Tupi. Era a minha casa. Nós, atores, fazíamos tudo com muito amor. E era quase tudo artesanal!”
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19. “Ter medo de morrer é burrice, só peço a Deus que seja tranquilo. E para trabalhar até quando Ele quiser. Nunca pensei em parar, só depois da morte!”
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20. “Uma personagem é como se lhe dessem um punhado de barro que, aos poucos, você vai moldando. É difícil, mas um dia ela aparece e é gratificante!”
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