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Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida (24 de setembro de 1862 - 30 de maio de 1934) |
1. “Não somos nós que mudamos os dias, são os dias que nos mudam!”
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2. “Toda a sua pessoa exalava fartura e a altivez de quem sai vitorioso de teimosa luta!”
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3. “A maldita República acabaria de escangalhar o resto!”
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4. “A verdade é que tinham todos eles um soberano desprezo pelas classes intelectuais!”
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5. “Pouco me importo de florir a frase, fazê-la cantante ou rude, recortá-la a buril ou golpeá-la a machado; o que quero é achar um engaste novo onde encrave as minhas idéias, seguras e claras como diamantes!”
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6. “Maldita a natureza, que a fizera só para o amor!”
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7. “O livro é um amigo; nele temos exemplos e conselhos, nele um espelho onde tanto as nossas virtudes como os nossos erros refletem. Repudiá-lo seria loucura; escolhê-lo é sensato!”
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8. “Quero criar todo meu livro, pensamento e forma, fazê-lo fora desta arte de escrever já tão banalizada, onde me embaraço com raiva de não saber nada de melhor!”
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9. “A vida sem beijos é como um jardim sem flores, um pomar sem frutos, ou um deserto sem oásis. Não valeria a pena prolongar a existência à custa de tamanho sacrifício!”
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10. “À mulher é o desprendimento dos preconceitos, a luta, sempre dolorosa, pela existência, o assalto às culminâncias em que os homens dominam e de onde a repelem. Mas, seja qual for a guerra que lhe façam, o feminismo vencerá, por que não nasceu da vaidade, mas da necessidade que obriga a triunfar!”
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11. “Nas mulheres antigas não existia nenhum elemento agitador!”
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12. “A poesia da vida consiste em tudo; agora a do casamento, essa consiste principalmente no amor!”
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13. “Tudo se transforma, tudo acaba, tudo recomeça, criado pelo mesmo princípio, destinado para o mesmo fim. Nascemos, morremos e no intervalo de uma outra ação, vivemos a vida que nosso tempo nos impõe!”
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14. “Fui idealizadora da Academia Brasileira de Letras e não pude participar da casa devido ao machismo!”
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15. “Não quero é escrever meramente; não penso em deliciar o leitor escorrendo-lhe na alma o mel do sentimento, nem em dar-lhe comoções de espanto e de imprevisto!”
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16. “Nos tempos antigos, a mulher era calma, submissa, pacífica e retraída; mas seria tudo isso por ter mais bom senso, mais felicidade e menos ambição? Não me parece. O motivo devia ser outro!”
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17. “Escrever um livro novo, arrancado do meu sangue e do meu sonho, vivo, palpitante, com todos os retalhos de céu e de inferno que sinto dentro de mim; livro rebelde sem adulações, digno de um homem!”
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18. “Não há em língua humana palavra que, como o beijo, exprima, por mais silencioso que ele seja, a ternura e o amor!”
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19. “Os povos mais fortes, mais práticos, mais ativos, e mais felizes são aqueles onde a mulher não figura como mero objeto de ornamento; em que são guiadas para as vicissitudes da vida com uma profissão que as ampare num dia de luta, e uma boa dose de noções e conhecimentos sólidos que lhe aperfeiçoem as qualidades morais!”
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20. “Infelizmente, nem todos os beijos são tudo que possa haver de divino na terra. Como diz o poeta: é que Filinto desconhece o horror dos beijos!” - (Referindo-se ao marido, o jornalista e poeta luso-brasileiro Filinto de Almeida)
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