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| Ignácio de Loyola Lopes Brandão (31 de julho de 1936) |
1. “Escreve-se para não ser solitário e por amor aos outros; se você não tiver essa solidariedade, é bobagem escrever!”
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2. “Viver de esperança torna as pessoas passivas. Para transformar a esperança em realidade é preciso usar forças, mobilizar-se!”
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3. “Será que é preciso inovar sempre? Não se pode escrever um livro, pintar um quadro, fazer um filme simplesmente? Muitas vezes estamos inovando sem saber, fazendo uma coisa que é necessária e vem do fundo. E há tanta inovação falsa, para chocar, chamar a atenção!”
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4. “Escrevo para não enlouquecer. Para me divertir também, e para ter prazer. Tenho um prazer imenso em escrever. Escrevo para me salvar. Mas me salvar do quê? Será que alguém sabe por que escreve, por que faz música? Porque alguma coisa empurra a gente?”
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5. “Um ator tem três vidas. A real, a dos personagens, e a vivida, para representar diante do público e da imprensa o papel de celebridade!”
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6. “O meu problema talvez seja a compulsão. Escrevo, tenho de escrever, é o que me dá vida. Talvez eu não seja um grande escritor. Mas sou um escritor!”
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7. “Nunca sei se a situação será conto ou romance. Sei quando é crônica!”
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8. “Devemos nos indignar contra a loucura que está aí!”
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9. “Um professor em quem os alunos confiam é muito mais que um pai!”
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10. “Nada pior que a memória do gesto não realizado!”
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11. “Sempre gritei: abra vida, abra e me deixe entrar!”
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12. “O assunto do escritor é o homem, a sua condição, a sua loucura e irracionalidade!”
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13. “Certas situações confortáveis são desconfortáveis, e sendo o mundo literário de momentos de inclusão e exclusão, o jeito é ficar alerta. E isso significa o quê? Trabalhar!”
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14. “A idade traz uma certeza: nosso tempo vai diminuindo. Então, temos de correr. Eu, ao contrário, hoje não corro mais, descobri a calma. Sei que não tenho muito tempo pela frente, sou realista, mas ainda tenho projetos, sonhos, ideias, planos!”
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15. “Escrevo, relato minha indignação, meu medo, meu protesto, porque essa é a minha luta!”
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16. “Não quero ser encontrado, encontro quem eu quero!”
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17. “Os livros seriam uma tênue possibilidade de não morrermos. Mas podemos desaparecer e voltar, sofrermos um revival. Este ofício é complicado, mas temos de exercê-lo com sinceridade, fogo e lança na mão!”
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18. “Os gestos decisivos faltaram em bons momentos de nossa história!”
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19. “Poder largar tudo a qualquer hora e fugir. Desde moço tenho esta necessidade. Estar pronto para partir. Não querer nunca o mesmo lugar!”
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20. “Os livros mudam o destino das pessoas. Substâncias perigosas, servem para acalmar e atiçar; abrir novas possibilidades e nos fechar em universos circunscritos; estimular a ação ou estimular a prudência. O fato é que ninguém passa incólume a uma boa leitura. Entra-se de um jeito e a saída é de outro, mesmo sem que se saiba de antemão como sairemos!”
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* Ignácio de Loyola Brandão é membro da ABL - Academia Brasileira de Letras, cadeira 11 (Patrono: Fagundes Varella - Fundador: Lúcio de Mendonça).
