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| Raimundo da Mota de Azevedo Correia (13 de maio de 1859 - 13 de setembro de 1911) |
1. “Quanta gente que ri, talvez, consigo, guarda um atroz, recôndito inimigo, como invisível chaga cancerosa!”
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2. “Dos corações, onde abotoam os sonhos, um por um, céleres voam, como voam as pombas dos pombais!”
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3. “Misteriosas bocas exalam no ar frases divinas, com suave emanação das rosas!”
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4. “A crua e rija lâmina homicida do seu desdém vara-me o peito!”
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5. “A cólera que espuma e a dor que mora na alma, destrói cada ilusão que nasce!”
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6. “O coração da infância é manso!”
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7. “Raia no Céu, sanguínea e fresca, madrugada!”
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8. “O som longínquo vem-se aproximando, do galopar de estranha cavalgada!”
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9. “A boca, às vezes, o louvor escapa... Desde que esse ódio atroz me veio!”
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10. “Se pudesse, o espírito que chora, ver através da máscara da face, quanta gente, talvez, que inveja agora nos causa, então piedade nos causasse?”
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11. “Poesia sempre viva. Seiva e veneno!”
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12. “O amor que cresce nele, nela mora!”
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13. “Dos revoltos lençóis sobre o deserto, despejava-se, em ondas silenciosas, o luar dessas noites vaporosas!”
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14. “E cresce na alma o vulto de uma tristeza, imensa, imensamente!”
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15. “Olhos pisados, fundas olheiras, passei fitando-a noites inteiras, fitei-a tanto, que enlouqueci!”
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16. “É preciso odiar para ser justo?”
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17. “Como eu sou infeliz. Como é sangrenta essa mão impiedosa que me arranca a vida aos poucos, nesta morte lenta!”
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18. “Do seu desdém vara-me o peito; embora, o amor cresça nele!”
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19. “A aventura única consiste em parecer aos outros venturosa!”
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20. “Da adolescência as asas soltam, fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, e eles ao coração não voltam mais!”
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* Raimundo Correia foi um dos fundadores da ABL - Academia Brasileira de Letras, cadeira 5 (Patrono: Bernardo Guimarães).
