 |
| Giórgos Seferiádis — Giórgos Seféris [Γιώργος Σεφεριάδης] (13 de março de 1900 - 20 de setembro de 1971) |
1. “Tua vida é o que deste!”
°°°
2. “Cadeiras vazias, as estátuas retornaram a outro museu!”
°°°
3. “E uma alma para conhecer a si mesma deve olhar para sua própria alma: o estranho e o inimigo, nós o vemos no espelho!”
°°°
4. “Não me pergunte quem me influenciou. Um leão é feito de todos os cordeiros que ele digeriu, e eu tenho lido toda a minha vida!”
°°°
5. “Um pouco mais baixo ou um pouco mais alto, um ínfimo espaço!”
°°°
6. “Mulher que na minha alma te hospedas, tua surpresa é o que me resta!”
°°°
7. “Escreves... Baixou a tinta, a maré sobe!”
°°°
8. “Será a voz dos amigos defuntos, ou a do gramofone?”
°°°
9. “Lança ao lago, uma só gota de vinho. O sol se ensombra!”
°°°
10. “Som estagnado oco, idêntico a nossa solidão!”
°°°
11. “Cada manhã me lembra a água morna... As tardes absurdamente definham; e à noite chega com seu calafrio ligeiro!”
°°°
12. “Os velhos mortos fugiram do círculo e ressuscitaram. Agora sorriem em meio a uma estranha calma!”
°°°
13. “Quando em pé nós morremos, dentro da pedra irmanados, olhamos as estátuas quebradas!”
°°°
14. “A terra e a seiva das árvores, rebentarão da tua memória para bater nessa vidraça onde bate a chuva do mundo lá fora!”
°°°
15. “Mas que procuram nossas almas viajando?”
°°°
16. “Está tudo embalçado, através de um vidro opaco cortado de tuas horas!”
°°°
17. “Vemos iluminarem-se no pôr-do-sol, madeiras quebradas de viagens que não terminaram e corpos que não sabem mais como amar!”
°°°
18. “Espremidas com mulheres amarelas e bebês que choram, inexistentes murmurando pensamentos quebrados de línguas estrangeiras!”
°°°
19. “Parece-nos estranho que outrora pudéssemos construir nossas casas. E nossas bodas, as frescas grinaldas e os anéis tornam-se enigmas inexplicáveis para nossa alma. Como nasceram, como criaram-se nossos filhos?”
°°°
20. “Talvez ali encontres o que julgavas já perdido: o renovo da juventude, o justo sossobro da idade. Tua vida é o que deste esse vazio, é o que deste o papel em branco!”
°°°
* Giórgos Seféris foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura no ano de (1963).
