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| Eugénio de Castro e Almeida (4 de março de 1869 - 17 de agosto de 1944) |
1. “Em que emprego o meu tempo? Vou e venho!”
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2. “Meu coração no entanto não se cansa: ama metade os que amam com esperança!”
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3. “Quanto mais fecho os olhos mais te vejo!”
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4. “Dos teus desdéns o frígido cortejo, que outro, feliz, ditoso como um rei, enlaçará teu virgem corpo em flor!”
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5. “Quando se escoam as horas: assim se vive e morre!”
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6. “Eu guardo em mim a saudade de um rebanho!”
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7. “Procuremos somente a beleza, que a vida é um punhado infantil de areia ressequida!”
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8. “Engrinalda-me com os teus braços. Meus beiços, parecem cordeirinhos, querem o teu corpo esbelto, ó zagaia esguia!”
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9. “Que deixam de cantar os seus amores, quando passo e lhes mostro a dor que tenho!”
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10. “Murmúrio de água na clepsidra gotejante, lentas gotas de som no relógio da torre, fio de areia na ampulheta vigilante!”
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11. “É de tristezas o torrão que amanho, amasso o negro pão com dissabores!”
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12. “Amar sem esperança é o verdadeiro amor!”
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13. “Meu coração à doce paz resiste, e, embora fiqueis crendo que motejo, alegre vivo por viver tão triste!”
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14. “Vejo, à noite, negrumes de ataúdes; tudo é inverno!”
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15. “O sol, celestial girassol, esmorece!”
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16. “Homem, que fazes tu? Para quê tanta lida, tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?”
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17. “Três da manhã, desperto incerto... E o sonho? Ah, tudo isso esmorece. No meu quarto uma luz, com lumes amenos, chora o vento lá fora!”
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18. “Beijo que freme e foge à flor dos flóreos fenos!”
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19. “Mal enche o berço, mas como o sonho, enche de luz a vida tenebrosa!”
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20. “Tua frieza aumenta o meu desejo: fecho os meus olhos para te esquecer, mas quanto mais procuro não te ver, quanto mais fecho os olhos mais te vejo!”
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