sábado, 19 de janeiro de 2013

FRASES ®DOUG BLOG — Eugénio de Andrade

José Fontinhas — Eugénio de Andrade
(19 de janeiro de 1923 - 13 de junho de 2005)

1. “Voa coração, ou então... Arde!”
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2. “A boca, onde o fogo de um verão muito antigo cintila. O que pode uma boca esperar, senão outra boca?”
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3. “É urgente inventar a alegria, multiplicar os beijos, as searas, é urgente descobrir rosas e rios e manhãs claras!”
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4. “Seja paciente; espere que a palavra amadureça e se desprenda como um fruto ao passar o vento que a mereça!”
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5. “Devias estar aqui rente aos meus lábios, para dividir contigo esta amargura dos meus dias partidos um a um!”  
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6. “Param as fontes a beber-te a face!”
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7. O leitor é que tem às vezes, em lugar de Sol, nevoeiro dentro de si. 
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8. “Se regressar outra vez, e outra vez, e outra vez a essas sílabas acesas, ficará cego de tanta claridade. Abençoado seja se lá chegar!”
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9. “O mais estranho é arrancar da minha angústia palavras de profunda reconciliação com a vida!”
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10. “Hoje roubei todas as rosas dos jardins e cheguei ao pé de ti de mãos vazias!”
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11. “Entre os teus lábios é que a loucura acode, desce à garganta, invade a água. No teu peito é que o pólen do fogo se junta à nascente, alastra na sombra!”
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12. “Diz homem, diz criança, diz estrela. Repete as sílabas onde a luz é feliz e se demora, volta a dizer: homem, mulher, criança. Onde a beleza é mais nova!”
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13. “Creio que foi o sorriso, o sorriso foi quem abriu a porta. Era um sorriso com muita Lua lá dentro, apetecia entrar nele, tirar a roupa, ficar nu dentro daquele sorriso!”
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14. “Toda a poesia é luminosa, até a mais obscura!” 
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15. “Procura a maravilha. Onde um beijo sabe a barcos e bruma. No brilho redondo e jovem dos joelhos. Na noite inclinada de melancolia procura!” 
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16. “Foi para ti que criei as rosas. Foi para ti que lhes dei perfume. Para ti rasguei ribeiros e dei ás romãs a cor do lume!”
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17. “Nem os olhos sabem que dizer a esta rosa da alegria, aberta nas minhas mãos ou nos cabelos do dia!”
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18. “Levar-te à boca, beber a água mais funda do teu ser. Se a luz é tanta, como se pode morrer?”
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19. “Uma palavra no escuro... Minúscula... Ignorada. Martelava no escuro, martelava no chão da água. Do fundo do tempo, martelava, contra o muro. Uma palavra no escuro que me chamava!” 
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20. “Eu nem sequer gosto de escrever, acontece-me às vezes estar tão desesperado que me refugio no papel como quem se esconde para chorar!” 
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