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Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva (19 de dezembro de 1901 - 20 de fevereiro de 1978) |
1. “Arrependo-me de me meter num romance!”
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2. “Palpitam palmo de gente e há qualquer coisa de ardente!”
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3. “De armas que empunham rapazes de guarda, um vento de guerra passa e o pau da bandeira ringe, antes de fazer as pazes!”
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4. “Minha pele foi o pecado que me emprestou!”
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5. “Quem deseje saber o que se escuta?”
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6. “Eu levo fogo pegado e ninguém me chega no lume!”
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7. “Os meus amores foram o meu fim!”
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8. “Aberta ao mar está à lua acesa!”
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9. “Sinal que só acende meu coração, palheiro velho!”
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10. “Não me proíbam que seja o imaginário amoroso, nem me venham prender à sua própria cama, a mulher que ama!”
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11. “Homens fogem e mulheres choram!”
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12. “Um dedal de silêncio abre uma pedra!”
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13. “Minha casa sou eu e os meus caprichos, cheio de orgulho carregado de inocência!”
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14. “Quem escuta ao meu peito ainda lá sente, em cada pausa e pulsação, um verso!”
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15. “Dos cuidados que deixas ao partir, ao corpo quente algum, hei de chorar, do pouco pranto que choro!”
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16. “A minha casa é concha. A fachada das marés e sonhos!”
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17. “Evito o inferno e os contratempos eternos, à paz que avistei!”
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18. “O lixo do horto e os muros existem: só o eu na areia é ausência!”
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19. “Já não escreverei romances. Já estou velho e doente, o poema em que busco é a minha vida!”
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20. “Seja a terra a minha coberta da alma, disse eu na idade fagueira, em que tudo é força e calma!”
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