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| Augusto Meyer (24 de janeiro de 1902 - 10 de julho de 1970) |
1. “Ler um livro é desinteressar-se a gente deste mundo comum e objectivo para viver noutro mundo!”
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2. “Há uma várzea no meu sonho, mas não sei onde será?”
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3. “A alvorada lembra um linho sem mancha!”
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4. “O capim esmagado perfuma os pés que o pisaram, santamente!”
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5. “A esperança vende ilusões, cobra caro, às vezes, mas quem poderá pagar uma ilusão?”
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6. “Eu bem sei que vou passando como a tua sombra longa; eu bem sei que vou sonhar sem colher a tua vida!”
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7. “Eu sou o irmão das solidões sem sentido!”
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8. “O leitor ingênuo, esse a lei dos reflexos, toma a forma de um desinteresse pelo livro como obra de arte. Pouco importa a impressão literária, o sabor do estilo, a voz do autor!”
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9. “Toda a alvorada religiosa adora a luz na lenta elevação do sol!”
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10. “Os rumores do momento não conseguem despertar o sonâmbulo encantado, a caminhar sem vacilações sobre o fio invisível da fantasia!”
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11. “Escurecer que é quase amanhecer... Um não sei quê de claridade escura!”
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12. “Relendo, por volta dos quarenta, os romances devorados na adolescência, quando o mundo é enorme e parece inesgotável a disponibilidade da fantasia, compreendemos a importância da educação sentimental contida nos livros de ficção!”
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13. “Todas as vozes numa voz, todas as dores numa dor, todas as raivas na raiva do meu vento!”
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14. “O meu orgulho não tem voz para chamar!”
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15. “O tipo representativo do leitor ingênuo é o devorador de romances que salta capítulos inteiros para chegar ao fim e saber de uma vez qual foi o prêmio do herói, se o moço casou com a moça e o dedo de Deus castigou o mau!”
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16. “Este vento macho é um batismo de orgulho!”
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17. “O homem, prisioneiro do círculo claro da lâmpada, apenas ligado a este mundo pela fatalidade vegetativa do seu corpo, está suspenso no ponto ideal de uma outra dimensão, além do tempo e do espaço!”
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18. “Existe um segredo na luz que palpita, palpita!”
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19. “Não sou daqui, sou lá de fora!”
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20. “Eu não tinha mais palavras, vida minha, palavras de bem-querer; eu tinha um campo de mágoas, vida minha, para colher!”
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* Augusto Meyer foi membro da ABL - Academia Brasileira de Letras, cadeira 13 (Patrono: Francisco Otaviano - Fundador: Alfredo Taunay - Visconde de Taunay).
