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Herberto Helder de Oliveira (23 de novembro de 1930 - 23 de março de 2015) |
1. “O prestígio é uma armadilha dos nossos semelhantes!”
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2. “Nunca se sabe aquilo que basta!”
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3. “Escreve-se um poema devido à suspeita de que enquanto o escrevemos algo vai acontecer, uma coisa formidável, algo que nos transformará, que transformará tudo!”
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4. “Um artista consciente saberá que o êxito é prejuízo!”
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5. “Pouca gente tem ouvidos puros, ou as mãos limpas para ler um poema é poder fazê-lo, refazê-lo!”
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6. “Durante a vida inteira brandi em todas as direções o mesmo aparelho, a mesma arma furiosa. Fui um inocente, porque só se consegue isso com inocência!”
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7. “Só morremos de nós mesmos!”
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8. “Uma noite acordei com o som dos meus próprios gritos!”
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9. “O poema faz-se contra o tempo e a carne!”
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10. “Escreva-se sempre para estar só. A escrita afasta concretamente o mundo. Não é o melhor método, mas é um!”
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11. “Minha cabeça estremece com todo o esquecimento. Eu procuro dizer como tudo é, outra coisa falo e penso!”
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12. “Quando alguém morre também eu quero saber da qualidade da sua paixão: se tinha paixão pelas coisas gerais!”
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13. “Talvez baste um poema, uma coisa mínima, viva, nossa, uma coisa sub-reptícia para empunhar diante do implacável acordo das formas exteriores. Também pode ser que nada baste!”
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14. “O ofuscante poder da escrita é que ela possui uma capacidade de persuasão e violência de que a coisa real se encontra subtraída. O talento de saber tornar verdadeira a verdade!”
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15. “Não há nada a ensinar, embora haja tudo a aprender!”
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16. “Até posso suceder que a morte não seja bastante!”
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17. “Existem romances imperdoáveis, quase todos os romances contemporâneos são imperdoáveis. Como é imperdoável a maioria dos poemas portugueses deste século. A bem dizer não há nada!”
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18. “Todos os poemas são canções de eco. A confirmação, sempre, do poema a si mesmo e em si mesmo!”
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19. “Somos insubstituíveis na nossa aventura e ninguém a fará por nós!”
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20. “Seria estúpido tentar sobreviver-me!”
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