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| Maria Esther Andion Bueno (11 de outubro de 1939 - 8 de junho de 2018) |
1. “Imagine eu, uma adolescente, ganhando em Wimbledon. Imagine a minha responsabilidade, o quanto eu fui solicitada. Isso mexeu comigo, uma pessoa quieta, discreta!”
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2. “A satisfação por ter conseguido o topo de tudo que se pode desejar dentro do esporte. Ser a melhor do mundo, ter vencido em Wimbledon, o mais importante torneio de tênis e ter colocado o nome do Brasil no mapa, não tem preço!”
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3. “Venho de um lugar onde nem sequer existiam quadras de tênis gramadas, como é Wimbledon. Não havia muito apoio e facilidades para a prática do esporte!”
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4. “Nunca senti qualquer tipo de preconceito. Muito pelo contrário, houve muita admiração e respeito por uma mulher jovem, sozinha, que conseguiu vencer todas as dificuldades e conquistar o mundo!”
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5. “Eu jogava realmente pela honra, pela vontade de ser a melhor, para ser reconhecida!”
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6. “Aprendi a valorizar as coisas. Eu tinha só duas raquetes de madeira. Agora as jogadoras viajam com oitenta raquetes modernas. Eu não tinha toda essa facilidade!”
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7. “Eu sempre tive todo o carinho do público, porque eles gostavam muito do jeito que eu jogava, e sendo brasileira, latina, você demonstra o que está sentindo. Então isso passava para o público!”
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8. “Quando voltei ao Brasil, fui muito mais solicitada em compromissos fora das quadras, por ser a única esportista na época a ter tanto prestígio internacional!”
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9. “Consegui conhecer o mundo, viajar por lugares incríveis, fazer sólidas amizades, entrar em contato com as personalidades mais célebres nos seus respectivos campos e sobretudo consegui meu lugar na história. Jogando uma bolinha amarela, fiz o Brasil ser conhecido e respeitado!”
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10. “Quando se entra em um torneio tão importante e difícil, todos os jogos são encarados da mesma maneira, com muita seriedade. Não existe jogo fácil e não se ganha por antecipação!”
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11. “O prêmio de Wimbledon na minha época, foram 15 libras em voucher, que você trocava por meias, munhequeiras, porque era totalmente amador, então não podia ter prêmio em dinheiro. Hoje o tênis se transformou num negócio rentável, onde promotores, patrocinadores e jogadores faturam milhões!”
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12. “Através do esporte eu consegui muitas coisas que o dinheiro não compra. Fui recebida até pelo Papa Pio XI, no Vaticano!”
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13. “Fui Sete vezes campeã na tradicional grama de Wimbledon. O esporte me fez vencedora e mudou minha vida!”
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14. “Eu tinha um jantar especial com o Duque de Edimburgo e passei 20 dias ouvindo o protocolo sobre como me comportar diante do Duque. Eu me atrasei tanto por causa do trânsito, que perguntei o que deveria fazer, e alguém disse para eu apenas entrar e pedir desculpas. Eu não só cheguei atrasada como fui por trás dele e coloquei minha mão no ombro do Duque, um dos maiores pecados. Foi bastante engraçado, ele não se importou nem um pouco se eu estava atrasada ou adiantada e tivemos um ótimo tempo juntos!”
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15. “O problema é que no Brasil tudo é mais imediatista. Num dia, um jogador de futebol está lá em cima e no outro está acabado. Na Inglaterra, não tem isso. Lá, não existe outra coisa a não ser a tradição. Nós não passamos a história para as novas gerações!”
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16. “Voltei em 1974 para algumas tentativas em certos torneios. Mesmo contundida no braço e cotovelo, consegui vencer o Aberto do Japão e, em 1976, chegar às oitavas de final em Wimbledon, mesmo sabendo que, devido à seriedade da contusão, não teria a menor possibilidade de poder disputar dentro das minhas reais condições!”
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17. “Comecei a jogar aproximadamente aos três anos de idade, em São Paulo, no Clube de Regatas Tietê. Meus pais jogavam tênis e eu e meu irmão Pedro Bueno, crescemos jogando tênis juntos. Não existe um motivo, simplesmente aconteceu, era uma coisa natural para mim jogar tênis!”
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18. “Eu estou no Guinness World Records, na enciclopédia britânica, sou mencionada nos melhores livros esportivos e de tênis. Para mim é uma vitória pessoal muito grande por ser mulher, principalmente, por que é mais difícil para uma mulher brasileira!”
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19. “Em 1964, entrei para o Guinness quando conquistei o triunfo mais rápido da história do tênis. Foi na final do US Open, contra a americana Carole Caldwell Graebner. Venci a partida em apenas 19 minutos!” - (A primeira edição do Guinness World Records, o Livro dos Recordes, com 198 páginas, foi lançada em 27 de agosto de 1955. No Natal desse ano, foi um dos livros mais vendidos na Grã-Bretanha)
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20. “1959 em Wimbledon, foi o maior momento que eu vivi!”
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