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Joaquim Maria Serra Sobrinho (20 de julho de 1838 - 29 de outubro de 1888) |
1. “Mais alva do que o branco cisne, que além mergulha e a penugem lava; alva como um vestido de noivado, mais alva, ainda mais alva!”
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2. “O Eterno se fez menino e vive entre os mortais!”
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3. “Quanta saudade esquecida, quanta tristeza apagada, só com um sorriso e um olhar!”
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4. “Que curiosos bailados, com maracás e pandeiros. São ruidosos os cajados desses risonhos romeiros!”
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5. “Da minha infância querida, lembro da igrejinha garrida, tendo defronte um cruzeiro!”
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6. “No meu caminho arcos de flores por todas as partes, cantores, folguedos e agitação!”
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7. “Flores de mágico aroma ornam a vida!”
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8. “Tudo o que a lenda memora: anjos soltos pelos ares, peixes saindo dos mares, feras chegando do além!”
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9. “Mais bela que o raiar da aurora após noite hibernal, negra procela; bela como a açucena rociada, mais bela, ainda mais bela!”
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10. “Na Terra tanta alegria, tanta paz celestial. Que dia, que lindo dia... Festa Santa do Natal!”
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11. “Oratório alegre e belo, Sagrado, risonho altar!”
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12. “Mais loira do que a nuvem linda que o sol à tarde no poente doira; loira como uma virgem ossianesca, mais loira, ainda mais loira!”
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13. “Que raparigas formosas, cheias de rendas e rosas a ladeira vão subir. Falam coisas tão suaves, parece gorjeio de aves, o que elas dizem a sorrir!”
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14. “Mais doce que o gemer da brisa; como se deste mundo ela não fosse... Doce como os cantares dos arcanjos, mais doce, ainda mais doce!”
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15. “O sino da freguesia, da branca igreja da aldeia, cada vez repica mais fé!”
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16. “Céu de estrelinhas douradas, estrelas de papelão; brancas nuvens fabricadas da plumagem do algodão!”
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17. “Trajando risonhas cores, com muitos laços de fitas, rapazes, moças bonitas formam grupos de amor!”
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18. “Mais casta que a mimosa folha que se constringe, que da mão se afasta, assim como a Madona imaculada ela era assim tão casta!”
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19. “O rio geme na areia, na areia brilha o luar!”
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20. “A missa do galo, Santa missa do Natal... Este festejo tão lindo, que grande mistério encerra, poema de amor infindo, que o céu ensinou á Terra!”
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* Joaquim Serra foi indicado por José do Patrocínio (um dos fundadores da ABL - Academia Brasileira de Letras), como Patrono da cadeira 21.