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| Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão — Marília de Dirceu (8 de novembro de 1767 - 26 de novembro de 1852) |
1. “A sorte deste mundo é mal seguro; se vem depois dos males a ventura; vem depois dos prazeres a desgraça!”
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2. “Os meus olhos espalham luz Divina!”
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3. “Meu corpo bálsamos vapora!”
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4. “Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, que viva de guardar alheio gado!”
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5. “A ninguém lancem os grilhões!”
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6. “Dê-me seu coração, eu também lhe dou o meu!”
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7. “Os Pastores, que habitam este monte, respeitam o poder!”
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8. “Os danos da vida só evita quem morre!”
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9. “Sou filha dos frios gelos e dos sóis queimado!”
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10. “Contente morrerei, por ser Marília, que, sentida, chorando, meus baços olhos cerra!”
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11. “Presto culto à natureza!”
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12. “Eu sou a prova viva de uma mente em caos!”
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13. “O ímpio tempo para todos corre!”
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14. “Brota de mim amor espontaneamente dos mais calorosos recônditos da alma!”
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15. “Procuro o porto celeste ao pé da serra quando de tudo me cansares!”
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16. “Não vejo rosa alguma e Vênus nunca vem!”
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17. “Em poucos anos não haverá mais fugacidade!”
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18. “Depois do prazer vem o infortúnio!”
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19. “A minha mocidade não é de doce gosto, por não poder viver meu amor!”
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20. “Assim que eu completar 18 primaveras, com Dirceu me casarei!” - (*)
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* Marília de Dirceu se envolveu com Tomás Antônio Gonzaga aos 16 anos, enquanto ele tinha 40. Gonzaga a conheceu enquanto trabalhava como Ouvidor em Vila Rica (atual Ouro Preto - MG). Seu romance permaneceu em segredo pois, seus pais não aceitavam, por ele ser mais velho. Em (1785), quando completou 18 anos, ficou noiva de Tomás e, no mesmo dia, ele foi preso por ser um dos membros da inconfidência mineira, delatado por Joaquim Silvério dos Reis. Tomás então é sentenciado a viver em degredo na África, onde se casa com a filha de um negociador de escravos e morre aos 65 anos de idade; já Maria Doroteia (Marília de Dirceu), o espera até o fim da vida, aos 85 anos de idade, sem saber que Tomás morrera 20 anos antes. “Marília de Dirceu” é o também o título da obra poética máxima do poeta português Tomás Antônio Gonzaga, que usava o pseudônimo Dirceu e era membro do Arcadismo, tendo sua primeira publicação em 1792.
