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Helio Antonio do Couto Filho — Hélio de la Peña (18 de junho de 1959) |
1. “Humor depende da democracia!”
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2. “Se a regra não te favorece, seja uma exceção!”
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3. “Vivemos com o Botafogo um relacionamento tóxico. Ninguém entende esse sentimento!”
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4. “Sou favorável a liberação das drogas leves para tirar o consumidor do contato direto com traficantes. As bebidas e o cigarro, por exemplo, são comercializados legalmente e o consumo é desestimulado por campanhas. Acho o melhor caminho!”
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5. “Foram 20 anos liderando nosso horário. Não houve uma temporada sequer do ‘Casseta e Planeta’ que tenhamos sido superados pela concorrência. É uma história de que muito me orgulho!”
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6. “Morre-se muito mais de combate às drogas, nos tiroteios, do que de overdose!”
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7. “Ao engolir a banana, o negro engole o racista!”
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8. “Perco a paciência com a covardia, com os haters que se aproveitam do anonimato para serem grosseiros!”
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9. “Só uma ação policial não vai resolver a violência no Rio. Maus policiais prestam um grande desserviço contra o processo de pacificação!”
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10. “Espero fazer outras coisas profissionalmente. Avaliaria, sim, um novo convite para novela, mas a princípio não é o meu foco, não estou investindo nisso. Foi como cair de paraquedas: você salta uma vez e depois fica contando para os amigos como é!”
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11. “O negro ainda é discriminado no Brasil. Quando eu era um negro qualquer, fui parado pela polícia, revistado e coloquei a mão na parede inúmeras vezes!”
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12. “Quando fiz novela não dei muita atenção ao que falaram. Era muito trabalho, muito texto para decorar, e eu vi o acolhimento positivo do público. Então, não fiquei preocupado em responder ou reagir. Quem gostou foi muito mais gente do que quem não curtiu. Como era meu primeiro papel, era natural eu não ir tão bem. A minha preocupação foi fazer um personagem verossímil!”
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13. “Nunca foi tão bom ser botafoguense!”
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14. “As cotas são uma resposta imediata, porém insatisfatória. Acho que traria mais resultado ter um colégio de alto nível dentro da favela, para aumentar a chance de formar negros e mestiços com condições de competir de igual para igual na sociedade. Preferia que eles tivessem condição de passar no vestibular da maneira que ele é!”
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15. “A tendência é ter de tudo um pouco, porque tem gente que faz bem personagem, outros fazem stand-up, paródia ou improviso. Antigamente você só conseguiria produzir e divulgar humor se estivesse empregado em um jornal ou emissora. Essa geração agora trabalha a coisa mais crua, fundo de quintal. Por outro lado, tem muita coisa sendo produzida. É fácil fazer um vídeo ruim. Fazer um de qualidade é muito mais complicado!”
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16. “Éramos garotos quando tudo começou o ‘Casseta e Planeta’ nem era um grupo só. o tempo passou, as relações internas também se desgastaram. As coisas não são mais as mesmas. Hoje, cada um escreve seu caminho, eventualmente parte do grupo se junta em torno de um projeto comum!”
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17. “O Brasil tá caído. Criou-se uma ilusão grande. Inventou-se uma classe média através do consumo. O sujeito comprou uma tevê de tela plana, mas continuou convivendo com vala negra na sua porta. Isso é classe média!”
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18. “O humor antes era muito unilateral. Se alguém se sentisse ofendido, o máximo que podia fazer era mandar uma carta. Hoje há liberdade para falar e responder. O que não consigo entender é por que quem faz algo para chocar se incomoda com a reação dos impactados. Até porque, quando a piada é bem-feita, o efeito da reação é menor!”
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19. “O que acho mais interessante é essa discussão de racismo estar em pauta. Hoje há espaço para expor a indignação. O oportunista sempre vai arrumar uma maneira de se aproveitar da situação, mas isso não diminui a força da campanha!”
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20. “Nunca sofri nenhuma atitude racista, mas havia um constrangimento em ser o único negro, um dos poucos pobres e um dos raros suburbanos. Como vivi em ambientes elitizados, sempre fui confrontado por esse desconforto de quando um Brasil se encontra com outro. Brincava dizendo que me sentia o Mogli, o menino preto!” - (Referindo-se a “The Jungle Book - Mogli - O Menino Lobo”, Disney - 1967)
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