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Cláudio Manuel da Costa (5 de junho de 1729 - 4 de julho de 1789) |
1. “Amor tirano, onde há resistência mais se apura!”
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2. “É preciso saber abraçar a mais rara gentileza!”
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3. “Vendo inútil o empenho de render-lhe a fereza, busquei na minha indústria o meu despenho com ingrata destreza!”
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4. “Ah, mortais, até quando vos cega os pensamentos?”
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5. “Não quero que movam à compaixão de meu terno pranto!”
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6. “Se Deus o temperado coro angelical tece, esta afinada melodia me foge, me castiga, e me aborrece!”
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7. “Enfim sou, qual te digo, de meus engenhos a fortuna sigo comigo sepultado. Eu choro o meu despenho; eles sem cura, choram também a sua desventura!”
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8. “Vejo a virgem que se entrega nua, primeiro ao mar salgado. Que desenganos este banho não terá custado?”
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9. “Quero gritar a oprimida voz inconfidente retida na garganta!”
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10. “Da fonte dos meus olhos nunca enxuta, a corrente fatal, fico indeciso, ao ver quanto em meu dano se executa!”
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11. “E para que serve a lembrança de minha desventura?”
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12. “Do acerto as luzes, busco a morte impia, de um agudo punhal na ponta fria!”
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13. “Eu me engano: e meus males, com que tudo degenera!”
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14. “Que amor tirano, no tempo, em que a alegria se aproveitava mais do meu engano!”
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15. “Pela floresta e prado, bem polido mancebo, girava em meu poder tão confiado... Ajoelhado aos pés do meu destino!”
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16. “Fui da florente idade, pela cândida estrada os pés movendo com gentil vaidade!”
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17. “Nasci; tendo em meu mal logo tão dura, como em meu nascimento, a desventura!”
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18. “Ai de mim, como estou tão descuidado!”
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19. “Mundo: em contemplá-lo tímido esmoreço!”
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20. “O canto, pois, que a minha voz derrama, porque ao menos o entoa um peregrino, se faz digno entre vós também de fama!”
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* Cláudio Manuel da Costa foi indicado por Alberto de Oliveira (um dos fundadores da ABL - Academia Brasileira de Letras), como Patrono da cadeira 8.