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| Joan Margarit i Consarnau (11 de maio de 1938 - 16 de fevereiro de 2021) |
1. “Sou um ser misteriosamente feliz!”
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2. “Amor e tempo é um conflito que se resolve sempre com dor e esquecimento!”
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3. “A verdadeira caridade dá medo!”
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4. “Às vezes a mente dos velhos engrena com fúria a sua lógica!”
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5. “Palavras duras que escuto agora como uma derrota, mas já não sei de nenhum combate, nem que tempo era o meu!”
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6. “Agora preciso apenas de lealdade a alguma coisa vaga e solitária, dura como uma rocha no meio do mar.
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7. “O amanhã nos meus olhos é de um cinzento triste, é uma teia de luz cansada onde recordo quando iam dormir!”
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8. “O passado aninha-se no fundo das gavetas como um rato triste!”
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9. “Dava-me medo. Um medo que já não era o mesmo que o dos contos ou do quarto escuro. Era um medo mais duro. Mais real!”
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10. “Um bom poema, por mais belo que seja, tem de ser cruel. Não há mais nada. A poesia é agora a última casa da misericórdia!”
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11. “Prescindirei de tudo menos do poeta que fica do desastre!”
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12. “Vazios, os vestidos pendem como velhas personagens que nos interpretaram!”
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13. “Não sei se agora nos entenderíamos, dois homens velhos, cansados e desiludidos. De certeza que não. Deixemo-lo assim. Tu querias devorar-me. Eu, matar-te!”
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14. “Passará o tempo, apagar-se-á o desejo, essa flecha de sombra e os rostos sensuais, inteligentes, belíssimos ocultar-se-ão em ti, no fundo de um espelho!”
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15. “Rasgaste os meus livros de poemas e deitaste-os para a rua pela janela. As folhas, como estranhas borboletas, iam pairando por cima das pessoas!”
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16. “Cairão os anos. Cansar-te-ão os livros. Decairás ainda mais e perderás até a poesia. O ruído frio da cidade nos vidros acabará por ser a tua única música, e as cartas de amor que tiveres guardado serão a tua última literatura!”
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17. “Compreender não quer dizer amar!”
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18. “Ninguém pode me destruir, porque eu já fiz isso!”
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19. “Ser velho não é saber que a guerra está acabando. É saber onde estão os abrigos, hoje inúteis!”
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20. “Sozinho em casa procuro nos armários. Encontro antigos mapas de estradas, contratos que venceram, esferográficas que não escreverão mais cartas, velhas calculadoras sem pilhas, relógios que o tempo derrotou!”
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