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| Joaquim Osório Duque-Estrada (29 de abril de 1870 - 5 de fevereiro de 1927) |
1. “Deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo, fulguras, ó Brasil, florão da América, iluminado ao sol do Novo Mundo!”
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2. “A alma do poeta é triste e dolorida!”
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3. “Quão longe estamos do viver de outrora!”
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4. “Teu corpo ideal, de deusa, em seu domínio encerra tantas constelações, que nem cabe em meu verso; desertaste do céu para pisar a Terra, e ao amor e à poesia abriste outro Universo!”
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5. “Sinto, no entanto, o esquálido letargo, que faz achar, em meio da alegria, amarga a vida, o sofrimento amargo!”
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6. “Para ser crítico literário bastou-me uma única habilidade: a de converter a pena de escritor em apito de vigilante!”
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7. “Chega às paragens secretas, do desespero e da dor e aonde vão as inquietas asas do beijo e do amor!”
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8. “Pastora dos meus pobres sonhos... É cedo ainda; à brisa que farfalha... De vara em punho e de chapéu de palha, pelos campos alegres passeando!”
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9. “É o mesmo céu, a mesma ideal paragem; só a saudade põe uma penumbra, um crepúsculo triste na paisagem!”
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10. “Brotam poetas e mais poetas, bananas e mais bananas!”
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11. “Não creias na felicidade: eu procurei-a, como um cego, e tanto que não sei por que choro esta saudade, nem a razão por que estas mágoas canto!”
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12. “Treva no fundo do abismo: é um poeta que não sente o que escreve!”
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13. “Presa ao êxtase suave, de uma tristeza sem par, minha musa é como uma ave, que anseia apenas voar!”
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14. “Assim teu beijo a vida me arrebata... O mesmo aroma que envenena e mata!”
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15. “Do que a terra, mais garrida, teus risonhos, lindos campos têm mais flores, nossos bosques têm mais vida, nossa vida no teu seio mais amores!”
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16. “À manhã que os sons espalha, são cantos de amor num pífano soprando!”
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17. “Os desmoralizados cabotinos das letras prosseguirão indiferentes e aliados ao ódio, às injúrias e ao vozerio de toda a plebe intelectual dos literatelhos sem préstimo, que fingem adotar o futurismo, para encobrir a própria ignorância!”
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18. “Um dia, implacável lei da sorte... Do seu perverso amante desprezada, Viu-se ferida pela mão da morte!”
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19. “Foge de mim... Do altar profanado e sem lume, quebra a pedra, minha alma, e oculta-te aos fulgores desta página azul, tão cheia de perfume, como o moital de um bosque onde rescendem flores!”
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20. “Gigante pela própria natureza, és belo, és forte, impávido colosso e o teu futuro espelha essa grandeza, Terra adorada, entre outras mil, és tu, Brasil... Ó Pátria amada!”
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* Osório Duque-Estrada foi membro da ABL - Academia Brasileira de Letras, cadeira 17 (Patrono: Hipólito da Costa - Fundador: Sílvio Romero). É o autor da letra do Hino Nacional Brasileiro (de 1909 a 1922), cuja música é de: Francisco Manuel da Silva (1831).
