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| Hilda de Almeida Prado Hilst (21 de abril de 1930 - 4 de fevereiro de 2004) |
1. “Ama-me, é tempo ainda!”
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2. “Vontade de não dar sentido algum às coisas, às palavras e à própria vida. Assim como é a vida na realidade ausente de sentido!”
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3. “Que este amor não me cegue nem me siga. E de mim mesma nunca se aperceba!”
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4. “A minha casa é guardiã do meu corpo e protetora de todas minhas ardências!”
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5. “Olha-me de novo. Com menos altivez e mais atento!”
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6. “Costuro o infinito sobre o peito!”
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7. “Atravessei o Sol, toquei o muro de dentro dos amigos!”
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8. “Colada à tua boca a minha desordem. O meu vasto querer!”
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9. “Te amo, ainda que isso te fulmine ou que um soco na minha cara me faça menos osso e mais verdade!”
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10. “O desejo, esse da carne, a mim não me faz medo!”
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11. “Os sentimentos vastos não têm nome!”
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12. “Paixão é a grossa artéria jorrando volúpia e ilusão!”
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13. “Viver é afundar-se em cada caminhada!”
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14. “Amar o perecível, o nada, o pó, é sempre despedir-se!”
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15. “Quero e queria ser boi. Ser flor. Ser paisagem. Sentir a brisa da tarde!”
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16. “Livrai-me, Senhor, dos abestados e atoleimados!”
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17. “Busquei a luz e o amor. Humana, atenta. Como quem busca a boca nos confins da sede!”
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18. “Contempla o teu viver que corre, escuta o teu ouro de dentro. É outro o amarelo que te falo!”
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19. “Desses nadas do dia a dia que vão consumindo a melhor parte de nós, queria te falar do fardo quando envelhecemos, do desaparecimento, dessa coisa que não existe, mas é crua, é viva: o tempo!”
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20. “Saber-se pertencente é ter mais nada. É ter tudo também. É como ter o rio, aquele que deságua nas infinitas águas de um sem-fim de ‘ninguéns!’”
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