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| Sebastião Cícero dos Guimarães Passos (22 de março de 1867 - 9 de setembro de 1909) |
1. “Se o lábio oculta o que a alma sente, conta o olhar o que o lábio não contava meu rosto triste!”
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2. “E eu, por vingar-me, sinto-me sufocando!”
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3. “Pé aqui, pé ali, seguindo vamos!”
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4. “Se encontrares alguém que, descobrindo no recesso da tua alma íntimo espinho, em vez de dar-te fraternal carinho, aprofunde-te a dor que estás sentido!”
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5. “Faze de mim um péssimo conceito, esquece que eu existo e que meu peito pelo teu peito pulsa apaixonado!”
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6. “Pensa de mim aquilo que não queira a mais negra alma sobre si; ditosa ou indiferente, ou de qualquer maneira, no meu estado desgraçado goza!”
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7. “Desperto e os olhos enchem-se de pranto: vejo, em vez de venturas, desventuras, em vez de louros, vejo só espinhos!”
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8. “Pelas trevas é tudo um mar de rosas. Quem nos diz se a luz não nos aguarda de improviso passagens perigosas!”
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9. “E uma taça após outra fui bebendo; sempre bebendo, vi dançar a mesa... Ébrio afinal, caí, mas não sozinho!”
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10. “Me direis, como te enganas? Ama, que perderás essa tristeza. Terás ventura, terás glória, fama!”
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11. “Que eu ache a vida em sua própria morte!”
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12. “Um rosto triste e feio; quero beber e rir, pois já não creio senão que existem males e champagne!”
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13. “Nunca saibas a verdade inteira de minha vida triste e aventurosa, porque mais vale uma ilusão fagueira, que uma realidade dolorosa!”
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14. “Sol, em que céu de bronze te escondeste? Céu, porque assim tão baixo tu desceste e esmagas-me sem dó desta agonia?”
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15. “Longe de mim só a amplidão vazia!”
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16. “Antes me odeies, e com dó profundo digas uma hora: porque veio ao mundo? Quem havia de ser tão desgraçado!”
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17. “Comigo estavas, porque a natureza do meu amor embriaga mais que o vinho!”
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18. “Seguimos pelo escuro de mansinho... Que importa o mundo, se nos adoramos, se o ódio humano não vale um teu carinho?”
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19. “A doce aurora, tímida e rosada. Das nuvens de ouro levantava o dia!”
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20. “Querem que eu ria, que o prazer alheio seja meu, que o partilhe e o acompanhe; que a ventura que banha aos outros, banhe meu negro peito de tristeza cheio!”
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* Guimarães Passos foi um dos fundadores da ABL - Academia Brasileira de Letras, cadeira 26 (Patrono: Laurindo Rabelo).
