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| Francisco Adolfo de Varnhagen — Visconde de Porto Seguro (17 de fevereiro de 1816 - 26 de junho de 1878) |
1. “A história é um ramo da crítica, não da eloquência, e que diante tribunal dela, o historiador não é um advogado verboso e florido, mas antes, um verdadeiro juiz!”
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2. “Em Portugal não se roçavam matas para semear a terra de legumes: as matas eram raras, e, por conseguinte, uma riqueza por si só. O próprio vocábulo coivara, do qual tomamos o verbo encoivarar, é uma voz tupi, derivada de ‘cog’: roça!”
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3. “O uso do tabaco e fumo, tornou-se geral, e passou à Europa, e já no século seguinte constituía um dos ramos da indústria e produção do Brasil!”
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4. “Dos índios adotamos também o uso do aipim, do qual se fazia farinha mandioca e tapioca!”
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5. “A igreja quis opor-se ao uso do tabaco de modo geral no Brasil, declarando-o rito gentílico; e prelado houve quem chegou a proibi-lo, com pena de excomunhão; mas tudo foi debalde!”
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6. “Os artigos de exportação brasileiros que primeiro mais se cultivaram foram o arroz e o açúcar!”
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7. “Sem a presença do herdeiro da coroa, a Independência não teria triunfado em todas as províncias, e menos se teria levado a cabo esse movimento, organizando-se uma só nação unida e forte, pela união, desde o Amazonas até ao Rio Grande do Sul!”
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8. “Segundo a ordem natural dos acontecimentos, ao Brasil devia, como a quase todas as colônias, chegar o dia da sua emancipação!”
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9. “Ao Brasil, felizmente, nenhuns transtornos resultaram da má redação do tratado de independência!”
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10. “As bananas-da-terra foram também um dos primeiros alimentos que mais se generalizou!”
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11. “A harmonia de sentimentos em favor da Independência veio depois a fazer militantes muitos ultrademocratas ao lado de ultramonarquistas; ou vice-versa!”
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12. “São também puramente indígenas os vocábulos: xará, guapiara, apicum, massapé, xerapi, coivara, pipoca, tipoia, picumã, chulé, ché, teteia, tapejara, pixuma, tocaiar, coroca, catapora, canhambola, pixaim, cauira, pitiú, garajau e muitos outros!”
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13. “No Brasil, aqueles que se ocupavam de política se viram então muito desconformes em opiniões. Em uns predominavam os sentimentos em favor da monarquia pura, em outros da constitucional, não faltando já alguns que se inclinavam à democracia e republicanismo!”
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14. “Muita instrução não é virtude!”
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15. “A manifestação de desconfiança do povo com seus líderes é certa, mas de pouco adianta. O povo é turba sem voz eficaz!”
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16. “A ambição procura antes divertir e aparta dos negócios o ambicioso!”
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17. “Pouca influência, muito talento!”
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18. “Um perfeito cavalheiro, muito bem educado, bastante instruído e de aspecto e maneiras insinuantes, serve para Imperador, não para esposo!”
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19. “Diz o príncipe: ‘Todas estas intenções serão baldadas, se uns poucos mal intencionados conseguirem sua funesta vitória!’”
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20. “O príncipe D. Pedro, ao ficar de regente no Brasil, não contava ainda vinte e três anos. Dotado de talento natural, era pouco instruído, volúvel e um tanto vaidoso, mas bastante franco, generoso, liberal e ativo - (Referindo-se a Pedro I do Brasil ou Pedro IV de Portugal. O primeiro Imperador do Brasil, nomeado de 1822 até sua abdicação em 1831 e também Rei de Portugal e Algarves, nomeado entre março e maio de 1826)
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* Francisco Adolfo de Varnhagen foi indicado por Oliveira Lima (um dos fundadores da ABL - Academia Brasileira de Letras), como Patrono da cadeira 39.
