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| David de Jesus Mourão-Ferreira (24 de fevereiro de 1927 - 16 de junho de 1996) |
1. “Os degraus, quanto mais altos, mais estragados estão!”
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2. “Em presença de imbecis e loucos, há somente um caminho para mostrarmos nossa inteligência: não falar com eles!”
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3. “Fujo da sombra; cerro os olhos: não há nada no barco sem ninguém, anônimo!”
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4. “E por vezes as noites duram meses, e por vezes os meses oceanos!”
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5. “A recompor-te, viva, na distância: isto foi, como herança, o que deixaste. E ainda o mais que não te quis!”
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6. “Gostaria de morrer de repente: a meio de uma frase que nesse instante estivesse a ler, ou a escrever!”
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7. “Não me posso demorar. Já é mais tarde do que supunha!”
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8. “Ah, meu filho. Meu filho, meu pai!”
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9. “Só por dentro de ti há corredores. Só por dentro de ti a noite escuta o que sem voz me sai do coração!”
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10. “Nós temos cinco sentidos: são dois pares e meio de asas. Como quereis o equilíbrio?”
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11. “Pão duro da solidão é somente o que nos dão!”
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12. “A noite nos fez em muitos anos, por vezes fingimos que lembramos
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13. “Quem foi que à tua pele conferiu esse papel de mais que tua pele, ser pele? Ser pele da minha pele!”
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14. “De bruços me debruço nos teus olhos. De bruços me debruço. E não me encontro!”
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15. “Desvio dos teus ombros o lençol, que é feito da tua ternura amarrotada!”
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16. “Desfeitos num rochedo, ou salvos na enseada, a eternidade é nossa!”
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17. “Por vezes os braços que apertamos nunca mais são os mesmos... E a solidão estremece!”
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18. “Por ser o amor em si mesmo um absoluto, ou tender para ele e por em si mesmo constituir uma liberdade, ou a ela aspirar, nada é mais nocivo!”
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19. “Mais do que um sonho: comoção. Sinto-me tonto, enternecido, quando, de noite, as minhas mãos são o teu único vestido!”
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20. “E por vezes sorrimos ou choramos... E por vezes, ah por vezes, num segundo se evolam tantos anos!”
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