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Antônio Valentim da Costa Magalhães (16 de janeiro de 1859 - 17 de maio de 1903) |
1. “Adeus, ilusões serenas, adeus, crenças estreitadas, adeus, sonhos infiéis. Tudo afunda, tudo quebra. De uma vida, há pouco nas flores!”
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2. “Vem da tua boca perfumosa, arqueada, como um céu, sobre o meu peito: constelando-o de beijos cor de rosa!”
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3. “Se conto estes pormenores é para explicar as muitas imperfeições que tenho, e que sou o primeiro a reconhecer, tais como vulgaridades!”
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4. “Só o autor, somente ele sabe o valor de sua vitória, porque mais ninguém soubera, suspeitara sequer, que soma de esforços e desesperos lhe custara!”
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5. “A fraqueza de certas expressões torna tudo banal!”
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6. “Passo a vida esperando encontrar um canalha, mas só ando com gente de bem!”
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7. “A vida literária é o pão da padaria espiritual!”
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8. “Sempre quis saber onde fica: ao léu?”
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9. “Permita-se carregar a sabedoria em seus pensamentos. Quando criamos paz e harmonia em nossa mente, isso nos fortalece!”
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10. “A colcha nupcial é um ciclo de vida do casal. O branco manchado de sangue deflora a intimidade ingênua!”
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11. “A poesia é a chave o poeta é a fechadura!”
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12. “Eu me afogo em um oceano de letras!”
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13. “Dois algozes açoitam o traidor; as hastes, sutis como floretes, sibilam sobre a carne tentadora do sofredor!”
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14. “Quem está liberto dos prazeres da carne, é um louco sem destino!”
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15. “Correm tempos de dor, o fidalgo violento renasce em provação, penúria e sofrimento. Paranoico e obsesso, exibe pompa espúria!”
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16. “Uma dúvida paira no ar: ninguém acredita que os versos que escrevo sejam de minha autoria. Escreveria tão bem assim, que todos quisessem tirar meus versos de mim?”
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17. “Sem poesia, sem música, sem flores, só, sem amor e tenho vinte anos. Quem vive assim, meu Deus?”
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18. “Quem escreve seu último livro abraça seu próprio fantasma ainda estando vivo!”
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19. “Vendo a morte chegando, eu me entrego a ela com força branda!”
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20. “Quem vive só de poltrona, não melhora, nem se abona e à morte se mancomuna!”
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* Valentim Magalhães foi um dos fundadores da ABL - Academia Brasileira de Letras, cadeira 7 (Patrono: Castro Alves).