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| Jean-Bertrand Lefebvre Pontalis — J.B. Pontalis (15 de janeiro de 1924 - 15 de janeiro de 2013) |
1. “O tempo que passa e o tempo que não passa. Tudo era melhor antes!”
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2. “Na Psicanálise, tempo e memória só podem ser considerados no plural!”
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3. “Não procuramos no passado a causa do presente!”
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4. “A guerra e a sua destruição exigem o luto e nos confrontam com a transitoriedade da vida, o que permite reconhecer a passagem do tempo!”
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5. “Se de um lado aceitamos que a morte é inevitável, quando se trata da própria morte tentamos matá-la com o silêncio, desmenti-la, reduzi-la de necessidade à contingência!”
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6. “A forma na qual a Psicanálise pensa o tempo e a memória está muito distante desta maneira de concebê-los!”
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7. “A mente humana enumera significativamente as lembranças, semelhante a um sótão que aloca uma quantidade de objetos de outros momentos da vida, que lá ficam quietos, guardados, disponíveis para o momento no qual precisamos deles e queremos reencontrá-los!”
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8. “Não se pode julgar, nem sem dúvida perceber formas, talvez de amar!”
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9. “As concepções de memória e causalidade psíquica subvertem a psicologia da consciência e são parâmetros básicos que fundamentam a clínica psicanalítica!”
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10. “Fantasias, lembranças e pensamentos de épocas posteriores se enlaçam simbolicamente com as da infância, intensificando, deformando ou transformando a lembrança infantil. Estas lembranças são as lembranças encobridoras, que tem por finalidade ocultar ou encobrir outras lembranças!”
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11. “O desejo de eternidade se impõe ao poeta, que se revolta contra o luto, sendo a antecipação da dor da perda o que obscurece o gozo!”
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12. “Há temporalidades diferentes funcionando nas instâncias psíquicas e a memória não existe de maneira simples: é múltipla, registrada em diferentes variedades de signos!”
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13. “São os objetos que passam e, às vezes, nos agarramos a eles para nos proteger do reconhecimento da nossa própria finitude!”
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14. “Nada do pulsional solicita a crença da própria morte. Esta só se constrói secundariamente, a partir da morte dos próximos, da dor e da culpa pela mesma!”
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15. “A flecha do tempo, não revela o tempo que passa!”
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16. “A lembrança infantil é como um quadro. O espaço do enquadramento é dado pelo próprio texto da lembrança, no qual se combinam traços. Traços que revelam as marcas de erotização!”
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17. “Nos orientamos na escolha dos espaços que possam servir de margem, e assim poder-se-a verificar quem opta pelos recalques!”
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18. “Tudo nos remete as lembranças. O amarelo do vestido que a moça vestia no primeiro encontro faz um ponto de condensação intensificando o amarelo das flores da infância. Da mesma maneira, a fantasia sobre a sua sobrevivência econômica, através da frase ‘ganhar o pão’, confere uma intensidade maior ao sabor das labutas diárias!”
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19. “Freud afirma que é no inconsciente que cada um de nós está convicto de sua imortalidade!” — (Sigmund Freud médico neurologista judeu, criador da Psicanálise)
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20. “O tempo do inconsciente não é um tempo que passa, é um outro tempo. É o tempo da mistura dos tempos, o tempo do ‘só depois’, o tempo da ressifignação!”
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